sexta-feira, 17 de abril de 2009

manha da manhã

Sol nasce
dia frio
nublado, mas claro.
Ainda se esconde atrás dos morros
enquanto toda sua vida acorda
neste lado
enquanto outro adormece, ele segue.
Os pássaros, deste, cantam a doce brisa
as ondas calmas anunciam dia manso.
Orvalho ainda presente recebe mais uma dose
leve manta d’água
lentamente encosta as folhas verdes.
Leves gotas levadas
pela brisa matinal
de um dia único.
Cinza-azulado dia frio
cravado na vegetação
concreto, asfalto
química humana.
Aos poucos mais rodas circulam
chiam motores
pneus afastam manta d’água e orvalho.
Mas ainda cantam os pássaros
e brisa assobia mansa
e as ondas borbulham brancas.
Raios de luz dourada surgem por entre véu nublado
cheiro de café
pão com manteiga
aos poucos se dissolvem desprezados
pela paisagem de concreto e ferro.
Os sons dos motores ainda frios sentem sua matéria mãe
desculpam-se por tal natureza volátil, indefesa
transformados em armas contra a própria
gritam desconhecidas.
Mas ainda sim
bate a brisa mansa,
ondas brancas,
piam os pássaros,
raia o sol
de mais um novo dia único
e belo.

Um comentário:

  1. ahh para!vaii escrever beem assim
    uns poemas bem lindos pra mim *.*
    uh-la la!

    mas eu gostei de verdade
    ;**

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